As pequenas empresas poderão ser, de acordo com o site The Economist, os bancos da Europa – uma alternativa ao financiamento bancário, portanto.
As pequenas empresas surgem como a força vital da economia na Europa
De resto Nir Klein, do FMI, escreveu recentemente que há uma relação entre o problema de alguns países europeus que tiveram de escapar da recessão e a prevalência das PME nas suas economias.
A economia Europeia começa já a andar e as PME começam a gerar os seus próprios recursos. A questão é que também as pequenas empresas querem mais financiamento externo para, não apenas sobreviver, crescer. Os bancos da Europa estão cheios de dívidas incobráveis e estão a ser forçados a manter mais capital contra empréstimos corporativos – tal constitui empréstimos de risco para as PME.
Os governos nacionais e a União Europeia procuram atrair os bancos a emprestar mais, através de garantias ou de financiamento barato – o que é útil mas pode levar os bancos a emprestar tanto quanto o esperado. Muitos bancos dizem que não é um financiamento barato que falta mas antes o capital para fazer os empréstimos.
PME da Europa em terreno fértil: conseguirão substituir o financiamento externo dos bancos?
Incentivos fiscais, regulamentação de plataformas de crowdfunding pelos governos nacionais e bancos centrais estimulam o sector privado mas a questão é se tais alternativas conseguem atingir a escala para substituir a parcela de empréstimos bancários convencionais que podem ter desaparecido para sempre, já que constituíam cerca de 10 a 15% do financiamento externo das pequenas empresas em 2013 conforme uma avaliação efectuada por John Ott da Bain & Company, uma empresa de consultoria.
Também as seguradoras estão a desempenhar um papel importante neste processo de financiamento das pequenas empresas ao comprarem empréstimos às PME fora dos bancos ou ajudando a financiá-los. Está também com força a opção de compra de títulos negociáveis apoiados por grupos de empréstimos emitidos por bancos.
Sob novas regras propostas, os bancos ou as seguradoras que compram estes títulos devem manter mais capital do que relativamente a outros empréstimos de longo prazo. E, a não ser que as regras mudem, os empréstimos às PME desta forma podem, de facto, ser lucrativos o suficiente – tanto para as seguradoras como para as pequenas empresas…