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Fundo de Pensões: O Que É e Como Funciona para o Seu Futuro Financeiro

Fundo de Pensões: O Que É e Como Funciona para o Seu Futuro Financeiro

Seguros e Fundos de Pensões | 14 de Outubro, 2025

LEITURA | 21 MIN

Com o futuro financeiro a parecer cada vez mais incerto, pensar em como garantir uma reforma tranquila é algo que preocupa muita gente. Já ouviu falar de fundos de pensões? Se não, ou se o termo lhe parece complicado, não se preocupe. Neste artigo, vamos desmistificar o que é um fundo de pensões, como funciona e porque pode ser uma excelente ideia para o seu futuro. Vamos lá perceber isto de forma simples.

Principais Ideias

  • Um fundo de pensões é, basicamente, um ‘mealheiro’ coletivo. É um património separado, gerido por especialistas, com o objetivo de investir o dinheiro para garantir uma reforma mais confortável no futuro.
  • Existem vários intervenientes num fundo de pensões: os associados (quem adere), os participantes (quem beneficia) e as entidades gestoras (quem administra o dinheiro). Tudo isto fica definido num contrato.
  • Há diferentes tipos de fundos de pensões, como os abertos (para qualquer pessoa) e os fechados (ligados a empresas ou associações). Além disso, os planos podem ser de benefício definido (sabe quanto vai receber) ou de contribuição definida (o valor final depende do que foi investido e rendeu).
  • Uma das grandes vantagens de aderir a um fundo de pensões são os benefícios fiscais. Tanto empresas como particulares podem ter vantagens em sede de IRS e IRC, o que torna a poupança ainda mais interessante.
  • O levantamento do dinheiro acumulado num fundo de pensões tem regras específicas, geralmente ligadas à idade da reforma ou a situações excecionais como doença grave. A forma de receber o valor pode ser em capital único, em rendas ou uma combinação das duas.

O Que São Fundos de Pensões?

Um fundo de pensões é, essencialmente, um conjunto de bens e direitos que funciona como um património autónomo. A sua finalidade exclusiva é financiar um ou mais planos de pensões. Pense nele como um cofre dedicado unicamente a garantir que os benefícios definidos num plano de pensões sejam pagos no futuro. Estes planos estabelecem as condições para o recebimento de pensões em diversas situações, como pré-reforma, reforma antecipada, reforma por velhice, invalidez ou para beneficiários em caso de falecimento do participante.

Definição de Património Autónomo para Fins de Pensão

O conceito de património autónomo é central para entender os fundos de pensões. Significa que o património do fundo é separado do património pessoal dos participantes, dos associados (quem institui o fundo) e da entidade gestora. Esta separação protege os ativos do fundo de quaisquer outras dívidas ou obrigações que possam surgir fora do âmbito do plano de pensões. Assim, os bens que compõem o fundo respondem apenas e exclusivamente pelos compromissos assumidos no plano. A gestão destes ativos visa a sua capitalização, ou seja, o crescimento do valor através dos rendimentos gerados pelos investimentos.

O Papel das Sociedades Gestoras Especializadas

A gestão de um fundo de pensões não é feita de ânimo leve. É realizada por entidades especificamente licenciadas e supervisionadas para o efeito, conhecidas como Sociedades Gestoras de Fundos de Pensões. Estas entidades possuem o conhecimento técnico e a estrutura necessária para investir os ativos do fundo de acordo com as regras estabelecidas no plano e a regulamentação aplicável. O seu objetivo é maximizar a rentabilidade dos investimentos, sempre com vista a assegurar o pagamento dos benefícios prometidos aos participantes.

Objetivos e Finalidades dos Planos de Pensões

O principal objetivo de um plano de pensões é proporcionar um complemento ao rendimento da Segurança Social, garantindo uma maior segurança financeira durante a reforma. Os planos são desenhados para cobrir diferentes eventualidades:

  • Reforma: Seja por velhice ou antecipada, o plano visa complementar o rendimento nesta fase da vida.
  • Invalidez: Oferece um suporte financeiro caso o participante fique incapacitado para o trabalho.
  • Sobrevivência: Garante um benefício aos beneficiários designados em caso de falecimento do participante.

A constituição de um fundo de pensões representa um compromisso de longo prazo, focado na construção de um capital que assegure um futuro financeiro mais estável e com maior qualidade de vida na aposentadoria. É uma ferramenta de poupança planeada, com benefícios fiscais e um potencial de crescimento através da gestão profissional dos ativos. A sua natureza autónoma confere uma segurança adicional aos valores acumulados.

Em suma, os fundos de pensões são veículos financeiros estruturados para a poupança de longo prazo, com o propósito de complementar o rendimento da reforma e oferecer proteção em situações de invalidez ou falecimento, geridos por entidades especializadas e com um enquadramento legal e fiscal específico.

Estrutura e Intervenientes nos Fundos de Pensões

Um fundo de pensões, na sua essência, é uma estrutura financeira complexa que envolve diversos atores e mecanismos para garantir o financiamento de planos de pensões. Compreender esta estrutura é fundamental para quem pretende aderir ou gerir um fundo.

Identificação dos Principais Agentes Envolvidos

No universo dos fundos de pensões, identificamos um conjunto de agentes cujas funções e interações definem o funcionamento do sistema. Estes agentes são cruciais para a constituição, gestão e fruição dos benefícios previstos nos planos de pensões.

  • Participante: A pessoa singular cuja situação pessoal ou profissional fundamenta a definição dos direitos a benefícios, independentemente de contribuir ou não para o seu financiamento.
  • Associado: A entidade (empresa, associação, etc.) que institui os planos de pensões, seja num fundo fechado ou através de adesão coletiva a um fundo aberto.
  • Contribuinte: A entidade ou pessoa que efetua contribuições para o fundo, em nome e a favor do participante.
  • Aderente: A entidade ou pessoa singular que adere a um fundo de pensões aberto.
  • Beneficiário: A pessoa com direito aos benefícios estabelecidos nos planos de pensões, não sendo necessariamente o participante.
  • Entidade Gestora: A entidade responsável pela administração e gestão dos ativos do fundo de pensões. Geralmente, é uma sociedade gestora especializada ou, em alguns casos, uma empresa de seguros.

O Contrato Constitutivo e as Suas Cláusulas

O contrato constitutivo é o documento formal que estabelece as bases legais e operacionais de um fundo de pensões. Este contrato é celebrado entre os associados (ou aderentes) e a entidade gestora, definindo os direitos e deveres de cada parte, bem como as regras de funcionamento do fundo.

As cláusulas típicas incluem:

  • Definição do objeto do fundo e dos planos de pensões associados.
  • Regras de admissão e exclusão de participantes e beneficiários.
  • Modalidades de contribuição e cálculo dos benefícios.
  • Critérios de investimento e política de gestão de ativos.
  • Condições para o levantamento dos valores acumulados.
  • Procedimentos em caso de extinção do fundo.

A Relação entre Associados, Participantes e Entidades Gestoras

A dinâmica entre estes três pilares é o que move o fundo de pensões. O associado, ao instituir o plano, procura oferecer um benefício aos seus colaboradores ou membros. Os participantes, por sua vez, beneficiam deste plano, contribuindo (ou não) para a sua capitalização. A entidade gestora atua como intermediária, administrando os ativos e aplicando-os de acordo com a estratégia definida, sempre sob a supervisão das entidades reguladoras.

A relação contratual estabelecida visa a capitalização de recursos para a concessão de benefícios futuros, sendo a transparência e a comunicação entre as partes essenciais para a confiança e a sustentabilidade do plano.

Esta interligação garante que o património do fundo é gerido com o objetivo exclusivo de cumprir as promessas feitas aos participantes e beneficiários, protegendo os ativos de outras responsabilidades externas.

Modalidades de Fundos de Pensões

Existem diferentes formas de organizar e estruturar os fundos de pensões, cada uma com características próprias que se adequam a distintas necessidades e contextos. A escolha entre uma modalidade e outra pode ter implicações significativas nos direitos e deveres dos participantes e das entidades associadas. Compreender estas diferenças é um passo importante para tomar decisões financeiras informadas sobre o futuro.

Fundos de Pensões Abertos vs. Fundos de Pensões Fechados

A distinção fundamental entre fundos de pensões abertos (FPA) e fundos de pensões fechados (FPF) reside na sua acessibilidade e nos vínculos entre os seus membros. Os FPF são tipicamente criados por uma única entidade (o associado) ou por um grupo de entidades com laços comuns, como os de natureza empresarial, profissional ou social. A adesão de novos membros a um FPF, quando existem múltiplos associados, geralmente requer o consentimento dos associados existentes. Por outro lado, os FPA são mais flexíveis; a adesão não depende de qualquer vínculo prévio entre os aderentes e é decidida unicamente pela entidade gestora. Esta abertura torna os FPA mais acessíveis a um público individual mais vasto, bem como a adesões coletivas de empresas que não se enquadram nos critérios de um FPF.

Planos de Benefício Definido

Nos planos de benefício definido, o valor da pensão a ser recebida na reforma é predeterminado no momento da adesão ou do início da participação. A entidade gestora do fundo assume a responsabilidade de gerir os ativos de forma a garantir que o capital acumulado será suficiente para cobrir o benefício prometido. Isto significa que o risco de investimento recai, em grande parte, sobre a entidade gestora ou o patrocinador do plano. O participante tem a segurança de saber, com antecedência, qual será o seu rendimento futuro, o que facilita o planeamento financeiro pessoal.

Planos de Contribuição Definida

Em contraste com os planos de benefício definido, os planos de contribuição definida focam-se no valor das contribuições realizadas ao longo do tempo, em vez de um benefício final específico. O montante da pensão a ser recebida dependerá do total das contribuições efetuadas (pelo participante e/ou empregador) e do desempenho dos investimentos realizados com esse capital. O risco de investimento é, neste caso, transferido para o participante, que pode ver o seu benefício final variar consoante a rentabilidade dos ativos. A previsibilidade do benefício final é menor, mas oferece maior flexibilidade nas contribuições.

Planos de Contribuição Variável

Os planos de contribuição variável representam uma modalidade que procura equilibrar as características dos planos de benefício definido e de contribuição definida. Nestes planos, as contribuições podem ser fixas ou variáveis, mas o benefício final não é rigidamente predeterminado. Em vez disso, o valor da pensão pode ser influenciado tanto pelas contribuições realizadas como por um conjunto de regras que definem como os ativos serão geridos e como os benefícios serão calculados. Frequentemente, estes planos incluem mecanismos que ajustam as contribuições ou os benefícios com base em fatores como a idade do participante, a rentabilidade dos investimentos ou a situação financeira do plano. O objetivo é oferecer um grau de segurança quanto ao benefício, ao mesmo tempo que se mantém alguma flexibilidade e se partilha o risco de investimento de forma mais equilibrada entre o participante e a entidade gestora.

Vantagens Fiscais e Financeiras dos Fundos de Pensões

Investir num fundo de pensões pode trazer benefícios significativos, tanto do ponto de vista fiscal como financeiro, ajudando a construir um futuro mais seguro. Ao planear a reforma, é importante considerar estas vantagens para otimizar a sua poupança.

Benefícios Fiscais em sede de IRS e IRC

Os fundos de pensões são reconhecidos pelo seu enquadramento fiscal favorável. Em Portugal, as contribuições efetuadas para um plano de pensões podem ser deduzidas ao rendimento coletável em sede de IRS, até um determinado limite. Este limite varia consoante a idade do participante, sendo geralmente mais elevado para os contribuintes mais velhos. Esta dedução permite reduzir o imposto a pagar anualmente. Para as empresas, a constituição ou adesão a fundos de pensões pode também implicar benefícios fiscais em sede de IRC, nomeadamente através da dedução das contribuições como custo da empresa. É importante consultar a legislação em vigor para conhecer os limites e condições específicas de cada benefício fiscal, pois estes podem ser alterados. Para mais detalhes sobre estes benefícios, pode consultar informações sobre os Planos Poupança Reforma (PPRs) aqui.

Otimização de Custos e Incentivos à Poupança

Para além das vantagens fiscais diretas, os fundos de pensões oferecem uma estrutura que tende a otimizar os custos associados à gestão de poupanças de longo prazo. As taxas de administração e gestão, quando comparadas com outros produtos de investimento individual, podem ser mais competitivas, especialmente em fundos de maior dimensão ou em planos coletivos empresariais. Esta otimização de custos, aliada aos incentivos fiscais, torna os fundos de pensões um veículo atrativo para quem procura construir um capital para a reforma de forma disciplinada. A contribuição regular, muitas vezes descontada diretamente do salário, funciona como um incentivo à poupança contínua, ajudando os participantes a manterem o foco nos seus objetivos de longo prazo.

Potencial de Rentabilidade e Diversificação de Ativos

Os fundos de pensões são geridos por sociedades especializadas que procuram maximizar a rentabilidade dos ativos investidos, sempre dentro dos limites e regras definidos no plano de pensões e pela supervisão regulatória. Estes fundos investem numa carteira diversificada de ativos, que pode incluir ações, obrigações, imobiliário e outros instrumentos financeiros. A diversificação é uma estratégia chave para mitigar riscos e procurar retornos consistentes ao longo do tempo. O objetivo é que o capital acumulado cresça de forma sustentada, de modo a proporcionar um complemento de rendimento robusto na fase da reforma. A performance de um fundo de pensões depende, naturalmente, das condições de mercado e da estratégia de investimento adotada pela entidade gestora.

A gestão profissionalizada e a diversificação de ativos são pilares que sustentam o potencial de crescimento do capital investido em fundos de pensões, visando a segurança financeira futura.

As principais vantagens de investir num fundo de pensões incluem:

  • Incentivo tributário: Possibilidade de dedução de contribuições no IRS e, em alguns casos, benefícios em sede de IRC para empresas.
  • Otimização de custos: Taxas de gestão potencialmente mais baixas em comparação com investimentos individuais.
  • Disciplina de poupança: Contribuições regulares que facilitam a acumulação de capital.
  • Diversificação de ativos: Investimento numa carteira variada para mitigar riscos e procurar rentabilidade.
  • Potencial de rentabilidade: Gestão profissionalizada com vista à capitalização dos valores investidos.

Funcionamento do Levantamento e Benefícios

Quando chega o momento de aceder aos valores acumulados num fundo de pensões, é importante compreender as regras e as opções disponíveis. As condições para o levantamento são definidas no contrato constitutivo do plano, mas existem diretrizes gerais que se aplicam na maioria dos casos. Geralmente, o acesso aos fundos pode ocorrer a partir dos 55 anos de idade, especialmente se o participante se encontrar em situação de reforma por velhice ou antecipada. No entanto, a legislação prevê exceções que permitem o reembolso em situações específicas, como em casos de doença grave, desemprego de longa duração ou incapacidade permanente para o trabalho. Estas salvaguardas visam oferecer um suporte financeiro em momentos de necessidade imprevista.

Condições para o Levantamento dos Valores Acumulados

O acesso aos fundos de pensões está, na sua essência, ligado à reforma. Contudo, a legislação prevê flexibilidade para outras circunstâncias.

  • Reforma por Velhice: A condição mais comum, após atingir a idade legal de reforma.
  • Reforma Antecipada: Possibilidade de aceder aos fundos antes da idade legal, dependendo das regras do plano.
  • Situações Excecionais: Doença grave, desemprego de longa duração ou incapacidade permanente.

É fundamental consultar o regulamento específico do seu plano para conhecer todas as condições aplicáveis.

Modalidades de Reembolso do Fundo de Pensões

Ao decidir levantar os valores, existem diferentes modalidades de reembolso que podem ser escolhidas, cada uma com as suas implicações financeiras. A escolha da modalidade deve ser ponderada de acordo com as suas necessidades e objetivos de longo prazo.

  • Capital: Levantamento total ou parcial do montante acumulado. Esta opção oferece liquidez imediata, mas pode implicar uma carga fiscal mais elevada dependendo do regime de tributação.
  • Renda: Pagamentos periódicos, com uma frequência previamente definida (mensal, trimestral, etc.). Esta modalidade assemelha-se a uma pensão complementar, proporcionando um fluxo de rendimento regular.
  • Mista: Uma combinação das duas modalidades anteriores, permitindo receber uma parte em capital e o restante em rendas. Esta opção oferece flexibilidade, equilibrando liquidez e rendimento contínuo.

A escolha da modalidade de reembolso tem um impacto direto na sua sustentabilidade financeira a longo prazo e deve ser alinhada com o seu planeamento de reforma.

Impacto na Renda Complementar de Reforma

Os fundos de pensões desempenham um papel significativo na constituição de uma renda complementar de reforma. Ao optar por um plano de pensões, está a construir uma fonte adicional de rendimento que pode complementar a pensão pública, melhorando a sua qualidade de vida após o fim da vida ativa. A forma como os valores são levantados – seja em capital, renda ou uma combinação – influenciará diretamente o montante e a duração dessa renda complementar. Uma gestão cuidadosa e um planeamento atempado são essenciais para maximizar os benefícios e garantir um futuro financeiro mais seguro. Para quem procura otimizar as suas contribuições, é importante saber que é possível deduzir até 20% das suas contribuições do IRS [f06d].

Implementação de Fundos de Pensões em Contexto Empresarial

A adoção de fundos de pensões no ambiente corporativo transcende a mera oferta de um benefício adicional; representa uma estratégia robusta para a gestão de recursos humanos e para a sustentabilidade financeira a longo prazo dos colaboradores. Empresas que implementam estes planos demonstram um compromisso com o bem-estar futuro da sua força de trabalho, o que, por sua vez, pode ter um impacto positivo na atração e retenção de talento.

Fundos de Pensões Patrocinados e Instituídos

No contexto empresarial, os fundos de pensões podem assumir duas formas principais de constituição: patrocinados e instituídos. Os fundos patrocinados são criados por uma entidade (o patrocinador) que assume a responsabilidade pela sua gestão e financiamento, geralmente em benefício dos seus trabalhadores. Por outro lado, os fundos instituídos resultam da iniciativa de uma ou mais entidades que, em conjunto, estabelecem um fundo para cobrir os planos de pensões dos seus associados. A escolha entre um modelo ou outro depende da estrutura da empresa e dos seus objetivos estratégicos.

Benefícios para a Atração e Retenção de Talento

Um plano de pensões bem estruturado funciona como um forte atrativo para profissionais qualificados. Ao oferecer segurança financeira futura, as empresas posicionam-se como empregadores de eleição. Além disso, a existência de um fundo de pensões pode aumentar a lealdade dos colaboradores existentes, reduzindo a rotatividade e os custos associados à contratação e formação de novos funcionários. A perceção de que a empresa investe no futuro dos seus trabalhadores é um fator diferenciador significativo no mercado de trabalho.

A Contribuição Paritária entre Empresa e Colaborador

Um modelo cada vez mais comum e incentivado é o da contribuição paritária, onde tanto a empresa como o colaborador contribuem para o fundo de pensões. Esta partilha de responsabilidade não só alivia o encargo financeiro para ambas as partes, como também reforça o sentimento de parceria e de objetivo comum. As contribuições empresariais podem ser definidas como uma percentagem do salário do colaborador, por exemplo, e a adesão a estes planos tem vindo a aumentar, refletindo uma maior consciencialização sobre a importância da poupança para a reforma. A participação rate de trabalhadores em planos de pensões de entidade patronal tem vindo a crescer, indicando uma tendência positiva planos de pensões.

  • Estrutura de Contribuição: Definição clara das percentagens de contribuição da empresa e do colaborador.
  • Período de Vesting: Estabelecimento de um período durante o qual o colaborador adquire o direito total às contribuições da empresa.
  • Opções de Investimento: Possibilidade de oferecer diferentes perfis de investimento, alinhados com o perfil de risco do participante.

A implementação de fundos de pensões em contexto empresarial é uma ferramenta estratégica que alinha os interesses da organização com os objetivos de longo prazo dos seus colaboradores, promovendo um ambiente de trabalho mais estável e motivador.

Considerações Finais

Ao longo deste artigo, explorámos o universo dos fundos de pensões, desmistificando o seu funcionamento e relevância para a construção de um futuro financeiro mais seguro. Percebemos que, num cenário de incerteza económica, estes instrumentos representam uma ferramenta valiosa para complementar a reforma, oferecendo um "mealheiro" coletivo gerido por especialistas. A diversidade de planos e as vantagens fiscais associadas, como as deduções no IRS, tornam-nos uma opção atrativa tanto para empresas, que podem fortalecer a sua imagem como empregadoras, como para os trabalhadores, que garantem um rendimento adicional na idade da reforma. Embora existam riscos associados à gestão e possíveis flutuações de mercado, a regulamentação e supervisão existentes visam mitigar esses perigos. Em suma, o fundo de pensões surge como um pilar para a previdência complementar, incentivando a disciplina de poupança e proporcionando maior tranquilidade e qualidade de vida na fase pós-laboral.

Perguntas Frequentes

O que é exatamente um fundo de pensões?

Imagina um cofrinho especial onde guardas dinheiro para a tua reforma. Esse cofrinho é o fundo de pensões. É um conjunto de dinheiro gerido por especialistas que investem esse valor para que ele cresça e te ajude quando deixares de trabalhar.

Quem pode ter um fundo de pensões?

Normalmente, os fundos de pensões são oferecidos por empresas aos seus trabalhadores como um benefício extra. Se a tua empresa tem um, podes aderir. Em alguns casos, associações ou outras entidades também podem oferecer.

Quais são os tipos de fundos de pensões?

Existem principalmente dois tipos: os de ‘benefício definido’, onde já sabes quanto vais receber, e os de ‘contribuição definida’, onde o valor final depende do quanto juntaste e do rendimento dos investimentos. Há também os de ‘contribuição variável’, que misturam um pouco dos dois.

Posso levantar o dinheiro quando quiser?

Geralmente, só podes levantar o dinheiro quando te reformares, por volta dos 55 anos. Em situações especiais, como doença grave ou desemprego prolongado, pode ser possível levantar mais cedo, mas as regras dependem do teu plano.

Quais as vantagens de ter um fundo de pensões?

A principal vantagem é ter uma renda extra na reforma, para viveres com mais conforto. Além disso, muitas vezes há benefícios fiscais, ou seja, pagas menos impostos, e as empresas podem até contribuir contigo, fazendo o teu dinheiro crescer mais rápido.

É arriscado ter um fundo de pensões?

Os fundos de pensões são geralmente seguros, pois são supervisionados. No entanto, como qualquer investimento, existe sempre um pequeno risco de o valor não crescer tanto como o esperado ou, em casos muito raros, de haver problemas na gestão. É importante escolher um fundo com boa reputação.

Pedro Silva

Pedro Silva

Bio

Estudos: Licenciado em Economia pela Universidade de Lisboa

Experiência: Pedro é um economista experiente com mais de 20 anos no setor financeiro. Já trabalhou em bancos e como consultor financeiro.

Outras informações: Escreve regularmente sobre economia e finanças pessoais em vários jornais e revistas.

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